quarta-feira, 10 de abril de 2013

O Voo Da Coruja

Quando o Sol se recolhe para dar lugar a noite, ela abre seus grandes olhos que guardam vários mistérios que apenas uma sábia testemunha da natureza consegue guardar.

Abandona sua arvore com um ligeiro e elegante voo,sente o ar frio e úmido nas suas penas e procura sua caça com seu instinto predador. Acha sua presa e com seus olhos prevê sua morte, desfere um ataque perfeito e rapta aquele pequeno mamífero que servirá de alimento essa noite para ela e sua prole poderem sobreviver.

Sua vitima encontrou o fim essa noite mas ela transformou o fim dessa pobre vida em um afortunada refeição para seu ninho. Ela volta para sua arvore,volta para seu lar e para sua família, divide a recompensa de seu trabalho noturno e assiste aquelas pequenas criaturas comerem e se fartarem até pegarem no sono calmo de recém nascidos.Esse lindo sono é tão delicado quanto um copo de cristal,que pode ser quebrado a qualquer momento por qualquer um.

Depois de assistir as pequenas criaturinhas ela vai até o ponto mais alto de sua arvore e se banha com o brilho prateado da luz da Lua. Gira sua cabeça para poder ver os quatro cantos do horizonte e depois começa a soltar seu som,sua marca,seu canto que mais parece um mantra noturno que agradece a natureza pela sabedoria que ela recebeu e com isso ela se despede da noite,do mundo e de Atena que a toma como simbolo. Porque a essa altura o Sol já pede licença na linha do horizonte e ela entende que deve voltar para o sono que mais parece um transe mágico.

Por que ela sabe de tudo isso? Porque ela é filha da noite,porque ela é unica, porque ela é a coruja!

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